terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O que a ciência diz sobre a crença de que o vinho tinto faz bem à saúde

Os cientistas vêm apresentando cada vez mais evidências de que o álcool, mesmo em pequenas quantidades, faz mal à saúde. Mas o vinho tinto seria uma exceção, podendo até fazer bem, dizem alguns. Será que isso é verdade? O vinho tinto faz parte da Dieta Mediterrânea, inspirada originalmente nos padrões de alimentação da Grécia, do sul da Itália, da Espanha e Portugal. Baseada no consumo de alimentos frescos e naturais como azeite, frutas, legumes, cereais, leite e queijo, ela seria a responsável pela longevidade das populações daquelas regiões. Da diabetes ao câncer: quais são os itens do dia a dia que alteram seus hormônios silenciosamente Como o salmão é 'tingido' de cor-de-rosa no cativeiro Nessa dieta também é necessário evitar produtos industrializados como salsicha e comida congelada. Taça de vinho tinto Direito de imagem THINKSTOCK Image caption O vinho tinto é rico em resveratrol, substância que poderia retardar o envelhecimento, combater o câncer e a obesidade A Dieta Mediterrânea ajudaria ainda a mudar o estilo de vida de quem a adota. Mas será que existe mais alguma coisa no vinho tinto que possa contribuir para a longevidade e a saúde? O programa Trust me I'm a Doctor ("Confie em mim, sou médico"), da BBC, foi investigar o caso Polifenóis Embora os cientistas concordem que o consumo moderado de vinho tinto pode ajudar a proteger o coração, reduzir o colesterol "ruim" e prevenir o entupimento das veias e artérias, há divergências sobre o que estaria por trás desses benefícios. O vinho tinto é feito com uvas que contêm micronutrientes conhecidos como polifenóis. Eles atuam como antioxidantes e podem proteger o organismo contra algumas doenças e ainda combater o envelhecimento. Os polifenóis protegem tanto as células quanto outras substâncias químicas naturais do corpo contra os danos causados pelos radicais livres. Há mais de 8 mil polifenóis identificados em bebidas como chá e vinho e em alimentos como chocolates, frutas, legumes e azeite extra-virgem, entre outros. Um destes polifenóis é o resveratrol, um dos mais estudados pelos cientistas. Sua existência já era conhecida no começo do século 20, mas foi somente a partir dos anos 1990 que a substância foi descoberta no vinho tinto. Saudado durante muitos anos como uma espécie de substância milagrosa, o resveratrol é um composto que, segundo os pesquisadores, poderia retardar o envelhecimento e combater o câncer e a obesidade. A maioria dos estudos testou o resveratrol em cobaias de laboratório como peixes, camundongos, ratos e até em leveduras. Até o momento, os testes em camundongos revelaram resultados animadores, mas ainda não foram encontradas evidências sobre a eficácia em humanos. O vinho tinto é rico em resveratrol, substância que poderia retardar o envelhecimento, combater o câncer e a obesidade

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